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Médica é indiciada por matar farmacêutica para ficar com a guarda da filha em Uberlândia

Polícia conclui inquérito sobre morte de farmacêutica em Uberlândia A Polícia Civil de Uberlândia concluiu as investigações sobre o assassinato da farma...

Médica é indiciada por matar farmacêutica para ficar com a guarda da filha em Uberlândia
Médica é indiciada por matar farmacêutica para ficar com a guarda da filha em Uberlândia (Foto: Reprodução)

Polícia conclui inquérito sobre morte de farmacêutica em Uberlândia A Polícia Civil de Uberlândia concluiu as investigações sobre o assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, ocorrido em novembro de 2020, em Uberlândia, e indiciou a médica Claudia Soares Alves como mandante do crime. Segundo a corporação, além de arquitetar o homicídio, a médica tentou forjar um álibi falsificando um prontuário médico e registrando uma ata notarial para simular que estava em atendimento no momento do crime. Renata foi morta a tiros quando chegava para trabalhar em uma farmácia no Bairro Presidente Roosevelt. O atirador fugiu em uma moto após atingir a vítima com pelo menos cinco disparos. Testemunhas relataram que a vítima chegou a pedir para não ser morta. O inquérito foi conduzido pela 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Uberlândia. De acordo com a investigação, o executor do crime foi o vizinho da médica em Itumbiara (GO), identificado por Paulo Roberto Gomes da Silva. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Os dois foram presos temporariamente e, após novas provas, tiveram a prisão convertida em preventiva, permanecendo detidos no sistema prisional de Uberlândia. O filho de Paulo também chegou a ser preso temporariamente, mas liberado por falta de provas sobre a participação dele no crime. O g1 entrou em contato com a defesa de Claudia, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. A reportagem também tenta localizar a defesa de Paulo. Como o crime foi planejado A Polícia Civil apurou que Claudia forneceu apoio logístico para o homicídio, destruiu provas durante a investigação e ainda adulterou documentos para tentar enganar a polícia. Laudos periciais confirmaram a falsificação do prontuário médica e a tentativa de criar um álibi, alegando que estava em Uberlândia na data e hora do crime apenas para se consultar. Motivação do assassinato Segundo as investigações, Claudia tinha um relacionamento com o ex-marido da vítima e desejava assumir a guarda da filha do casal. O delegado responsável pelo caso, Eduardo Leal, afirmou que a médica apresentava comportamento obsessivo em relação à maternidade, chegando a tentar adoções fraudulentas e até sequestrar uma recém-nascida no ano passado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), episódio pelo qual também responde na Justiça. Médica e vizinho foram indiciados por homicídio qualificado A médica e o vizinho, que não teve o nome divulgado pela polícia, foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, pagamento e emboscada, além de uso de documento falso, fraude processual e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. O inquérito foi remetido ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e à Justiça. Claudia segue presa na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, e o executor, no Presídio Professor Jacy de Assis. Soltura negada Em recurso apresentado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a defesa da médica alegou falta de fundamentação na decisão, além de ausência de fatos recentes que justificassem a prisão. Assim, pediu medidas alternativas, como prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, o desembargador da 6ª Câmara Criminal do TJMG, Jaubert Carneiros Jaques, entendeu que não há ilegalidade na decisão anterior e que as condições pessoais favoráveis não afastam a necessidade da prisão preventiva. “Isto é, não é possível verificar, em sede liminar, a carência de fundamentação da decisão vergastada e a suposta ausência dos pressupostos e requisitos autorizadores da prisão preventiva, bem como a possibilidade de se aplicar medidas cautelares diversas da prisão”, afirmou na decisão. De acordo com o TJMG, a medida é necessária para garantir a ordem pública, já que o homicídio foi qualificado e considerado crime hediondo, com pena máxima de 30 anos. A decisão também reconheceu a ausência de residência fixa da suspeita e o risco de fuga, além da possibilidade de ocultação de provas e intimidação de testemunhas. A decisão negada pelo desembargador, se refere a um pedido liminar, ou seja, de caráter de urgência. No entanto, o habeas corpus ainda será julgado pela 6ª Câmara Criminal. Entenda o caso Quem é a médica A prisão e as novas acusações O assassinato da farmacêutica A relação da médica com a vítima Quem é a médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás Reprodução/Redes Sociais Cláudia Soares Alves é neurologista e ex-professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2024, ela foi presa após sequestrar um recém-nascido dentro de uma maternidade da cidade. Na época, a médica usou documentos falsos para tentar registrar a bebê como filha. Desde março deste ano, respondia aos processos em liberdade e havia sido demitida da UFU. Segundo a Polícia Civil, Cláudia sempre demonstrou comportamentos obsessivos e apresentava desejo compulsivo de ser mãe de uma menina, embora já tivesse um filho. Durante coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal informou que a médica realizou tratamentos para engravidar, mas não conseguiu. E, após as tentativas frustradas, teria recorrido a adoções irregulares com documentos falsos e até oferecido dinheiro para comprar uma recém-nascida na Bahia. A prisão e as novas acusações Médica Cláudia Soares Alves, presa por sequestrar bebê, foi presa novamente em Goiás Polícia Civil/Divulgação A médica foi presa em Itumbiara durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com a Polícia Civil de Goiás. De acordo com o delegado Eduardo Leal, Cláudia teria planejado o assassinato de Renata para ficar com a filha da vítima. Ainda conforme o delegado, na casa da investigada, a Polícia Civil encontrou um quarto pintado de rosa, com várias roupas de criança pequena, um berço e uma bebê reborn dentro. "Ela é capaz de tudo para conseguir o seu intento, que seria o de ser mãe de uma criança, de uma menina. Inclusive nessa data, no cumprimento da busca, nós verificamos que ela, na casa dela, possui um quarto todo pintado de rosa, com diversas coisas rosas de uma criança, com berço e como se estivesse dormindo nesse berço. Realmente você vê que é uma pessoa totalmente desequilibrada", disse Leal. Quarto rosa com bebê reborn na casa de médica presa em Itumbiara, suspeita de mandar matar farmacêutica de Uberlândia Polícia Civil/Divulgação O delegado regional da Polícia Civil, Gustavo Anai, destacou que a operação é resultado do trabalho iniciado ainda em 2020, quando surgiram denúncias ligando a médica a outros crimes após o sequestro na maternidade da cidade. O assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, de 38 anos, foi morta a tiros na manhã de 7 de novembro de 2020, quando chegava para trabalhar em uma farmácia no Bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia. Câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso se aproximou e fez pelo menos cinco disparos no tórax, pescoço, ombros e nádegas. Uma testemunha contou que Renata tentou se defender e pediu para não ser morta, mas o homem continuou atirando. Uma câmera de segurança mostrou o assassino abordando Renata (veja abaixo). Antes de fugir, o autor deixou uma sacola com objetos e uma carta com ofensas à vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou crime passional e ouviu pessoas próximas, incluindo o ex-marido. Renata deixou a filha de 9 anos. Além da médica, foram presos temporariamente outros dois suspeitos de participação no assassinato. Eles são pai e filho e seriam vizinhos de Cláudia. Os três foram transferidos para Uberlândia. As investigações seguem para apurar a participação dos dois suspeitos no crime. A Polícia Civil também vai avaliar a necessidade de prorrogar as prisões temporárias ou convertê-las diretamente em preventivas, com o devido indiciamento dos envolvidos. A relação da médica com a vítima As investigações apontam que Cláudia se casou com o ex-marido de Renata, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a médica apresentava comportamentos obsessivos e demonstrava interesse em assumir a maternidade da filha dele com Renata. Renata, ao perceber que a médica parecia uma pessoa perigosa e emocionalmente instável, proibiu a filha de manter contato com o pai sempre que ele estivesse na companhia da esposa. Após a separação, Cláudia teria planejado o homicídio da farmacêutica para retomar o relacionamento e ficar com a menina. LEIA TAMBÉM: Após 1 anos e dois meses, médica que raptou recém-nascida no hospital é demitida da UFU 'Enganou os guardas, todo mundo', diz pai da bebê recém levada por Cláudia Mulher sequestra bebê e criança é encontrada quase 850 km de onde nasceu Vídeo mostra criminoso abordando funcionária de farmácia antes de homicídio em Uberlândia VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

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