Delegada casada com empresário que matou gari tem afastamento prorrogado por mais 60 dias
'Morreu fazendo o que gostava': quem era o gari assassinado a tiros em BH A licença médica da delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil de Minas Ge...
'Morreu fazendo o que gostava': quem era o gari assassinado a tiros em BH A licença médica da delegada Ana Paula Lamego Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais, foi prorrogada, por mais 60 dias, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, nesta quinta-feira (11). Com a nova licença médica, ela seguirá afastada do cargo até 9 de fevereiro de 2026. Ana Paula é esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, empresário que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes após se irritar no trânsito, em Belo Horizonte (entenda o caso mais abaixo). O novo afastamento concedido pelo Diretor Geral do Hospital da Polícia Civil. A delegada já estava fora das funções desde 13 de agosto, dois dias após o crime. (veja publicação abaixo). Publicação da prorrogação da licença médica da delegada Ana Paula Lamego, no DOM, nesta quinta-feira (11). Diário Oficial do Estado de Minas Gerais ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp A defesa de Ana Paula Balbino informou que a licença de saúde foi novamente concedida para que ela dê continuidade ao tratamento médico. Disse também que a cliente passou por perícia, diante de uma junta de saúde, composta por funcionários públicos competentes e independentes que avaliaram as condições dela. Ainda segundo a defesa, a licença concedida, além de ser ato inerente e previsto no Direito Administrativo, tem fé publica. E o motivo da licença não pode ser divulgado, em razão do direito ao sigilo médico. A delegada no processo Ana Paula é investigada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e responde a um processo administrativo disciplinar. Ela foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e por prevaricação, já que a arma usada no crime pertence a ela. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno. Entenda o caso O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi morto a tiros na manhã de 11 de agosto, enquanto trabalhava na coleta de lixo no bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte. O autor do disparo foi o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, que se irritou ao encontrar o caminhão de lixo parado na rua e exigiu passagem com seu carro elétrico. Após ameaçar a motorista do caminhão, Renê desceu do veículo e atirou contra os garis, atingindo Laudemir. Ele foi preso horas depois em uma academia e, inicialmente, negou o crime. Dias depois, confessou o assassinato em depoimento à Polícia Civil. Renê foi indiciado e deve responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado após julgamento, a pena pode chegar a 35 anos de prisão. A arma usada no crime pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê. Segundo a polícia, ela sabia que o marido usava o armamento dela. Ana Paula foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo e por prevaricação. O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes Reprodução LEIA TAMBÉM: Veja linha do tempo do caso Confissão de empresário pode diminuir eventual pena? Laudo aponta que arma usada por empresário era de delegada Cristão, patriota e marido de delegada: quem é o empresário suspeito de atirar e matar gari durante coleta de lixo Vídeos mais vistos no g1 Minas Gerais